A Contagem é um poder cabalístico magnético, um trabalho preciso onde é gerada, pelo pensamento, uma poderosa energia desobsessiva e curadora, que pode alcançar pontos ou pessoas distantes, abrindo um canal de emissão directamente com o Reino Central. Por isso é necessário que se tenha a máxima concentração para que possa fluir a força dos Cavaleiros de Oxan-by e da Legião do Divino Mestre Lázaro e se possam ter os efeitos curadores do trabalho.
Pela Contagem fazemos a limpeza do Templo e levamos nossa força magnética animal para os depósitos de energia no espaço, de onde é levada, pela Espiritualidade, até onde se faz necessária, como no Canal Vermelho (*).
Em uma Contagem actuam forças de diversas raízes, mas as principais são as do Povo das Águas e as dos Raios de Simiromba, que, cruzadas, favorecem a todos os que são vibrados, realizando grandes fenómenos.
Também, em uma Contagem, temos que lidar com duas forças imensas - o Jeovah Branco e o Jeovah Negro - e do nosso equilíbrio dependerá seu resultado, pois a Magia Negra também usa a Contagem. Com o Jeovah Branco sendo a força maior, realizamos uma Contagem na Magia Luz, uma estrela luminosa, capaz de grandes fenómenos.
A Contagem reflecte todos os poderes da Cabala.
A Estrela Candente, que também tem aquelas duas forças, está dentro de uma Contagem.
Na realidade, todos os nossos trabalhos doutrinários dependem de um tipo de Contagem, pois a Magia Negra é necessária para gerar o equilíbrio com a Magia Luz. A força mediúnica é a força do equilíbrio, e, por isso, a Contagem, dentro de uma hierarquia, se faz sempre necessária.
Uma atenção deve ser dada pelo comandante, depois que pede para os Aparás ficarem de pé, para não demorar muito a invocar as forças de Arakém e pedir a iluminação do trabalho pela incorporação do Povo de Cachoeira e das Sereias de Yemanjá. Quando fica em pé, o médium começa a receber a irradiação das Entidades, e muitos, se demora a invocação do comandante, dão passagem à incorporação antes de ser feita a chamada, prejudicando a harmonia do trabalho.
Outra preocupação importante é quando terminam as incorporações do Povo de Cachoeira e das Sereias de Yemanjá, momento em que o Comandante pede que os Doutrinadores se levantem para emitir a prece de Simiromba. De modo geral, antes de iniciar a prece, o Comandante pede que os Aparás se sentem. Isso não está correto, já que a posição para a prece de Simiromba é em pé, com os braços dobrados em 90 graus, com as mãos abertas e os dedos separados. Assim, após a desincorporação, os Aparás devem permanecer de pé, emitir o mantra e só se sentarem antes de serem feitas as três elevações pelos Doutrinadores.