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sábado, 18 de dezembro de 2010

Mediunização

 A mediunização é o acto de o médium entrar em contacto com sua individualidade, na sintonia com a Espiritualidade, preparando-se para qualquer tipo de trabalho, tanto no Templo como em qualquer outro lugar.
A melhor forma de mediunizar-se é fechando os olhos e se concentrando na Espiritualidade Maior, em seus Mentores, com isso eliminando estímulos visuais do exterior e se tornar mais receptivo às forças espirituais. O silêncio também é importante, e assim deve o médium aprender a ser seletivo na sua sensibilidade para obter sua melhor concentração.
A mediunização proporciona segurança ao médium, pois estabelece a ligação entre os planos, e deve ser feita antes de se iniciar um trabalho de qualquer natureza, uma reunião ou um encontro doutrinário.
O local apropriado para se processar a mediunização é no Castelo do Silêncio (*), onde o médium se serve do sal e do perfume e permanece tranquilo, meditando e fazendo sua mediunização.
A mediunização pode ser, também, efectuada em um local tranquilo, numa posição confortável, como deveria ser feita uma mentalização (*), porém com a finalidade de levar o médium a uma experiência mística. Neste caso, o médium deve estar muito preparado, pois a experiência pode conduzi-lo a diferentes situações, entre outras:
a) percepção integrada do nosso planeta com o Universo, com a penetração em outros planos;
b) melhor percepção com visão realista das pessoas e das coisas, sem observações ou julgamentos negativos ou positivos;
c) um grande distanciamento dos fatos, com ausência de sentimentos e de conflitos;
d) alterações de limites de tempo e espaço;
e) aceitação de tudo que está ao seu redor, porque está mergulhado numa onda de amor, harmonizado com o Universo, unido com as vibrações cósmicas; e
d) ampliação da compreensão da verdade oculta nas coisas e nas pessoas, entendendo gestos, palavras e atitudes, sem receios ou incertezas.
Quanto mais apurada a mediunização, mais elevado é o contacto com a espiritualidade, mais nos aproximamos da união com o Divino.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Legião do Mestre Lázaro

Mestre Lázaro é Arakém (*), Terceiro Sétimo de Xangô, isto é, um comando, portador das Forças da Terra, tanto na Linha Africana como na Linha do Amanhecer, apresentando-se na figura missionária de força desobsessiva.
Mestre Lázaro recebe, diretamente de Pai Seta Branca, as missões de atendimento aos trabalhos elaborados pelos Jaguares. São muitas as suas responsabilidades, mas a principal é com a captura de espíritos que estão em poder dos nossos irmãos das Trevas. 
Sua Legião é formada por um conjunto de Cavaleiros do Espaço que, com suas redes magnéticas e com suas vibrações de Luz e Amor, vão às cavernas, nas Trevas, em busca de espíritos ali aprisionados e que clamam pela Misericórdia Divina.
No seu atendimento aos trabalhos e rituais do Amanhecer, penetram em locais de difícil acesso, por causa das fortes correntes negativas e do pesado padrão vibratório, que se tornam inacessíveis a outros Espíritos de Luz. Em suas investidas, formam como as legiões romanas se apresentavam nos combates, em grupos de cavaleiros, revestindo-se com uma força tão grande que são temidos até pelos grandes condutores de espíritos sem Luz.

  • “A cada dia está mais complicada a situação. Porém, tudo começa a tomar novos rumos.
Estou me acalmando um pouco mais porque, nesta madrugada, fui conduzida a um pavilhão enorme, com alas de guardas como se não tivessem fim.
E qual não foi minha surpresa? Um rico casal sentado em um trono... e foram me dizendo o que bem lhes interessava:
- Neiva! - disse-me ele - Sei que estás vivendo as horas difíceis de um líder na Terra. Porém, tenha paciência. Muito em breve a Terra tomará novos rumos. Tudo o que estás atravessando é o final para uma transformação. Não percas as esperanças, porque milhares de pessoas estão aguardando os recursos de que você já dispõe. Não percas o bom humor! Por qualquer irritação, no seu subconsciente, há uma pequena regressão no campo de sua evolução e de sua força. Não percas a tolerância. Além da planície, surge a montanha e, depois da montanha, surge o horizonte infinito... Não percas tempo, e vá servir, porque vieste para servir! Neiva, hoje ou amanhã prestarás conta de tudo... Pense na paciência inesgotável de Jesus!...
- Onde estou? - por fim perguntei.
- Estás na Legião do Grande Mestre Lázaro. Deus te abençoe, Neiva. Estamos aqui por sua missão!
Despertei, sentindo-me como um leão, e, em Cristo, o amor dos justos. Que Jesus me ilumine.”                                      
(Tia Neiva - Pequeno Diário, 10.10.78)

Sofredor

O plano civilizatório da Terra, iniciado pelos Equitumans (*), foi sendo alterado pelo próprio desvio daqueles espíritos de sua missão. Os contactos com Capela foram rareando e redobrados os esforços para guiá-los na direcção certa. A volúpia da autonomia foi dominando e os afastou cada vez mais dos planos originais, sendo determinada sua extinção pelos Grandes Orixás.
Desencarnados, aqueles espíritos não tinham condições para encarnar em Capela e nem poderiam reencarnar na Terra sem um plano estabelecido pelo Planeta Mãe - Capela. Permaneceram, então, no etérico, exercendo suas influências nos terráqueos. Foram-se organizando em poderosas legiões de seres etéricos, em cujas consciências mal penetrava a voz do espírito.
Aprisionados entre duas dimensões, esses espíritos se apegaram aos corpos físicos, iniciando um processo obsessivo em massa, fazendo com que os últimos cinco mil anos antes do nascimento de Jesus fossem marcados por violentas guerras e destruições.
Ambições, ganância, violência, vaidade, ódios, impiedade e um barbarismo cruel eram frutos da desagregação progressiva da mente humana, sujeita às almas deformadas, surdas de suas consciências, da voz de seus próprios espíritos.
Formou-se, assim, a grande massa de sofredores.
Para nossa Doutrina, o sofredor é um espírito sem Luz, desencarnado em tristes condições, que não consegue seguir sua jornada e fica pairando em planos perto da Terra, porém sem luz solar, sem sons ou quaisquer outras formas energéticas do plano físico, influenciando espíritos encarnados com suas vibrações pesadas, especialmente os médiuns de incorporação, que sentem seus efeitos com sua aproximação. Ele se liga ao ser humano pelo padrão vibratório e só tem acesso quando a vibração do encarnado desce até a sua.
Geralmente o espírito sofredor continua com as impressões do mal que o levou ao desencarne - dores de doenças terminais, de desastres - e tem grande apego pelas coisas materiais que lhe pertenceram em vida. Na verdade, ele não tem consciência do desencarne, e sofre, em sua mente, dores que lhe acometiam o corpo físico.
Devemos ajudá-los, principalmente na Mesa Evangélica (*), onde são levados por seus Mentores, para que possam receber a doutrina e o choque magnético animal que lhes proporcionará condições de serem elevados a outros planos, onde serão recolhidos em albergues, hospitais e dependências de Casas Transitórias, para poderem ser recuperados.
O sofredor absorve, com nosso trabalho, nossos fluidos mais pesados, permitindo que nosso organismo físico e nosso psiquismo se equilibrem.
Por isso, o médium de incorporação deve constantemente incorporar sofredores. Como estes têm menos técnica nas incorporações, deve o médium ter consciência disso, soltando mais ectoplasma e procurando fazer o mínimo de ruídos e gestos.

  • “Não há qualquer espírito que passe por nossos trabalhos do qual não se faça a entrega obrigatória!
Nosso trabalho é exclusivamente de Doutrina!
Não aceitamos, em hipótese alguma, palestras, nos Tronos deste Templo do Amanhecer, de Doutrinadores com entidades que não sejam os nossos Mentores, espíritos doutrinários!
Mesmo fora do Templo, consta-me que os Doutrinadores que palestraram com exus, etc., atrasaram suas vidas, pois eles não se afastaram de seus caminhos.
A obrigação do Doutrinador é fazer a doutrina, conversando amigavelmente com o espírito, procurando esclarecê-lo, continuar seu amigo, porém fazer sua entrega obrigatoriamente, com o que ressalva sua responsabilidade perante os Mentores.
Outros Doutrinadores estão com suas vidas atrasadas simplesmente por sua irreverência com os Mentores, acendendo para estes duas velas, saindo fora de seu padrão doutrinário.
Entre eu e os exus há um laço de compreensão e respeito mútuo. Porém, um Doutrinador, por não ser clarividente, não está em condições de dialogar com eles, excepto no âmbito da Doutrina.” (Tia Neiva, 7.5.74)

Aton


ATON: Primeiro Sétimo Adjunto de Araken, é uma Raiz de Simiromba(*) que age directamente no Sol Interior de cada médium na realização dos trabalhos, sendo necessário, porém, que ele já tenha feito Consagração de Centúria, quando seu plexo já está preparado para os grandes trabalhos desobsessivos e curadores. Tem o poder de alimentar todo o fluxo energético dos médiuns, actuando sobre as partes mais delicadas de seu plexo físico e do seu microplexo, ampliando sua intuição, sua sensibilidade e seu poder de manipular qualquer tipo de energia.

Aton é a força que conduz o Jaguar em sua jornada crística. Tem uma derivação, AKYNATON (*).


INVOCAÇÃO DE FORÇAS PARA ATIVAR ATON:

SALVE DEUS, JESUS, DIVINO E AMADO MESTRE!
SINTO QUE AS FORÇAS ESTÃO CHEGANDO...
FORÇAS QUE OS GRANDES INICIADOS DISPUSERAM PARA MIM.
Ó, JESUS, SÃO MUITAS AS FORÇAS QUE SE DESLOCAM PARA NOS SERVIR,
PELA PERSEVERANÇA DO MEU SOL INTERIOR!
E, NESTE INSTANTE, EU DISPONHO DO MEU ATON!
DO MEU ATON, NO MEU ATON!...
EM TUA DIVINA GRAÇA, QUE ELE SE INFLAME,
SE INTEGRE E SE DESINTEGRE NESTA PERFEITA LUZ,
DEVOLVENDO-ME AO GRANDE ORIENTE DOS PODERES DE RAMSÉS E AMON-RA!
PEÇO AS FORÇAS ENERGÉTICAS DO SOL E DA LUA,
NA HARMONIA DE QUE POSSO DISPOR NESTE TRABALHO!
MUNDO ENCANTADO DOS HIMALAIAS! ABRA A TUA PERFEITA LEI E DESENCANTES PARA MIM!
SALVE DEUS!
                                                   (Tia Neiva, s/d)

·     “Se não cultivarmos com muito amor e precisão, em nosso coração e em nossa mente, no Templo, nos trabalhos de Retiro e, se não fosse a Corrente Mestra do Oriente Maior, na Linha Indiana do Espaço, não teríamos as Três Portas Iniciáticas e nem, tampouco, a força de um Aton.
Um ATON é uma força concentrada que se limita e repousa no Diel do Interoceptível. Fica sempre a se desagregar, buscando novas energias. Não é força giratória, mas sim geradora.
Sim, meu filho Jaguar, a força de um Aton!
Ele pode modificar a sua força, mas a força não gira. Ela trabalha nos movimentos centrífugo e centrípeto, subindo e descendo.
Aton é um poder iniciático. É, também, uma arma que o seu condutor só consegue deter estando rigorosamente preparado.
Um Aton é como um acumulador de forças que gera a força de que você dispõe na necessidade, na hora do trabalho, digo, trabalho de Sanday.
Sanday é como denominamos os trabalhos iniciáticos na Corrente Indiana do Espaço. Um Sanday só pode ser executado com a presença de um Sétimo Raio. Um Aton é sustentado pelos trabalhos de Sanday.
O Aton é formado de uma esfera a qual sustenta a energia ectoplasmática para os fins determinados do Sanday.
Um Aton cresce, porque nele são impregnadas, também, energias diversas: a força absoluta, que vem de Deus Todo Poderoso, energias etérica e extra-etérica, e, algumas vezes, o Aroma das Matas, energia das campinas, energia silvestre e, por fim, mantras das águas - da água salgada, das águas do rio caudaloso -, que se dividem, como se dividem o Aroma das Matas virgens e o aroma silvestre das campinas, a força absoluta vibratória das cordilheiras, do Sol e da Lua...
Quando nos referimos ao nosso Aton, nosso imã verdadeiro, só é ativado depois das 3 horas, após abertura do Segundo Intercâmbio.
Um Sanday também só deve ser realizado após o Segundo Intercâmbio ou em caso de suma necessidade.” (Tia Neiva, s/d)

Aruanda


Aruanda é um plano espacial onde se encontram os Pretos Velhos, com a missão de ajudar os espíritos encarnados e desencarnados, na Terra, através da manipulação de forças originais desse lugar. É uma região etérica de intensa actividade energética e vibracional, que fica entre a Terra e as casas siderais que projectam as Estrelas. São forças, luzes, que se deslocam para manipulação nos diversos trabalhos dos Pretos Velhos, principalmente nos Tronos e na Mesa Evangélica. São forças desobsessivas poderosas que proporcionam a crescente pacificação dos cobradores e a recuperação de obsessores.
Essa energia de Aruanda é largamente utilizada nos Jaguares, em seu dia a dia, para protegê-los e lhes dar condições da recepção da intuição nos momentos difíceis de suas vidas.

Atalaia


Atalaia é um ponto muito próximo a Pedra Branca (*), para onde os espíritos desarmonizados ou revoltados são conduzidos para que possam rever os pontos obscuros de suas recordações, na sua jornada na Terra, e possam compreender e aceitar as condições em que se encontram nos planos espirituais, determinadas pela força de suas próprias vibrações.

·     “17 ÀS 18 HORAS - As amacês fazem, por  toda a Terra, um balé de forças, emitindo a inteligência, a religião e muita energia.
É a hora da Vida e da Morte!
Quando estamos nos planos espirituais, onde o Homem desencarnado se queixa pela falta de comunicação, de um esclarecimento de sua vida religiosa ou doutrinária, é neste horário que ele é levado à Terra, onde lhe é mostrada a grande Atalaia, onde tudo lhe é esclarecido, onde ele sabe que, por sua própria culpa, abandonou sua grande oportunidade.
A obra de Deus é perfeita e não tem mistérios nem usa subterfúgios.”
(Tia Neiva - Horários, 1984)

Pedra Branca


Após desencarnar, depois de retirar todo o magnético animal do corpo, o espírito é levado, por força magnética, para o primeiro ponto de contato com o Plano Espiritual: Pedra Branca, onde ficará por tempo correspondente a sete dias terrestres. 
Pedra Branca é um local onde estão muitos espíritos, na mesma situação de desencarnados, mas não se vêem, isolados totalmente uns dos outros pelo neutrom, ocasionalmente ouvindo vozes, sermões e mantras, muitos sem terem consciência de seu estado de desencarnado.
Ali, o espírito tem oportunidade de fazer reflexões, avaliar sua encarnação como se, em uma tela projetada em sua mente, passasse toda a sua jornada detalhadamente. Vê as oportunidades que lhe foram dadas; as boas ou más coisas que fez;  o que havia se comprometido a fazer, antes de reencarnar, e o que cumpriu; o que deixou de fazer!
Exceto para espíritos de maior grau de evolução, ao sair de Pedra Branca, após o sétimo dia terrestre,  o espírito necessita energia animal, para prosseguir até o Canal Vermelho (*), e isso é obtido por sua condução à Mesa Evangélica.
Um depoimento prestado por um recém-desencarnado é muito ilustrativo: veja em DESENCARNE.
Existe um ponto, junto a Pedra Branca, para onde são conduzidos espíritos desarmonizados e que precisam recordar sua jornada: Atalaia (*)

·     “De fato, Tia, tentei me levantar de Pedra Branca, de onde estava, mas acredito que nem o super-homem o conseguiria.
Foi então que me passaram pela mente minhas faltas, na concentração daqueles dias. Senti imensa frustração pelo que havia feito.
Interessante, Tia, que eu não senti tanto pelo que fiz, mas, sim, pelo que deixei de fazer. Quantas pessoas a quem deixei de ajudar, e as quais desprezei!
Ia deixar, agora, a Pedra Branca, porque foram sete dias dentro de mim mesmo.”
(Tia Neiva, 30.11.75)